domingo, 17 de março de 2013

Resenha: Justin Timberlake - The 20/20 Experience


Seis anos após seu último álbum, Justin Timberlake está de volta para dizer quem é o verdadeiro Príncipe do Pop. "The 20/20 Experience" pode ser definido olhar para o passado. O álbum não bebe em nada do que está fazendo sucesso atualmente, suas músicas giram em torno de 7/8 minutos e ainda soa como uma parte 2 do "FutureSex/LoveSounds".
"Pusher Love Girl" abre o álbum, com um Justin comparando uma mulher à drogas. É uma declaração sonoramente diferente e ousada, ganhando destaque ao fim com os vocais de Timberland, batidas estridentes e beat-box. Seguimos então para "Suit & Tie", primeiro single do álbum e música que tive que morder a minha língua ao achar que não teria força no mercado. É o Timberlake mostrando a força que tem no mercado, uma das melhores faixas do álbum.


"Don’t Hold the Wall" pode ser definida como um sexo futurístico. A faixa começa com um som tribal, mas logo parte para uma coisa mais experimental e extremamente sexy. Impossível não pensar em sacanagem ao som dessa música. Já em "Strawberry Bubblegum" temos mais uma declaração, essa aqui bem mais fofa. É o tipo de música gostosa para se passar o tempo. Justin incorpora um cineasta obcecado pela atriz que dirige em "Tunnel Vision". Aqui seus olhos não conseguem ver outra coisa a não ser a beleza da mulher que está a sua frente.



"Spaceship Coupe" é uma mistura de batidas fortes com amostras de orgasmos ao longo do álbum. "That Girl" é a melhor declaração do álbum, aqui temos uma balada doo-wop acompanhada de baixos e guitarras. "Let the Groove Get In" é o grande destaque do álbum para mim. Soa como hit ao ter essa mistura meio africana e meio latina. A faixa lembra e muito o "Wanna Be Startin’ Somethin" do Rei supremo Michael Jackson. "Mirrors", segundo single do álbum, é a baladinha mais comercial presente no cd. Lembra em muitos momentos outro hit de Timberlake, "Cry me a river". "Blue Ocean Floor" é a faixa que fecha o álbum stand e é a mais insuportável. Aqui Justin quis fazer um som experimental alternativo que não deu certo.


Se você está ouvindo a versão deluxe, então tem o prazer de escutar mais duas faixas. "Dress On" é um R&B sensual e cheio de groove. "Body Count" é a faixa mais animada feita para esse álbum, com uma introdução feita por Timberland que nos remete aos anos 2006/2007.

Resumo: Justin Timberlake mostra nesse álbum que subiu um degrau na sua sonoridade, tornando tudo mais sofisticado que no seu último álbum. Aqui ele é capaz de fazer boas músicas e que sejam diferentes do que está tocando nas rádios. É um álbum que não é fácil de apreciar logo de cara, mas com o tempo você percebe elementos comerciais nele. A minha única ressalva é que eu trocaria a última faixa da versão stand por alguma da versão deluxe, mas esse é o único detalhe. "The 20/20 Experience" fala essencialmente sobre o amor em meio a uma coleção alegre de grooves, soul e uma produção experiente da Timberland. Aqui vemos que a dupla Justin e Timberland ainda funciona e que há anos de parcerias pela frente.

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